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OSTEOMA OSTEÓIDE
É uma lesão osteoblática de tamanho pequeno (em geral menos que 1,5cm), com bordas claramente delimitados e a presença frequente de uma zona periférica de neoformação óssea reativa envolvendo um nicho formado por tecido celular muito vascularizado que contém osteóide.
Pode aparecer em qualquer osso, Sendo a maior incidência nos ossos longos (aproximadamente 65% dos casos) principalmente na região da diáfise da tíbia e do fêmur. É também comum a localização nas vértebras. Predomina nos adolescentes e adultos jovens.
Clinicamente manifesta-se com dor persistente e vaga que piora á noite e melhora com a utilização de antinflamatórios, principalmente com salicilatos. Pode haver hipotrofia da musculatura global ou regional do membro acometido.
Se localizado na diáfise da tíbia em borda subcutânea pode apresentar tumefação, sensibilidade, eritema e endurecimento da lesão. Se localizado junto a articulação pode ser acompanhado de reação articular e produção de líquido sinovial simulando artrite. Na vértebra pode ocasionar escoliose dolorosa.
Radiologicamente o osteoma osteóide clássico que ocorre na diáfise dos ossos longos apresenta-se como um nicho radio transparente oval ou arredondado, com uma zona reacional de esclerose densa ao redor da lesão.
Quando localizado no canal medular, na região subperiosteal ou no osso esponjoso, não se observa processo reacional de esclerose. A cintilografia óssea mostra aumento de captação localizada.
A tomografia computadorizada demonstra bem o nicho lítico. A ressonância magnética não é de grande valia para diagnóstico dessas lesões.
Os diagnósticos diferenciais mais importantes são o osteoblastoma, abcesso de Brodie, fratura por estresse e ilhota óssea.
A lesão é autolimitada, com tendência à maturação espontânea em dois a cinco anos. O nicho progressivamente se calcifica e ossifica confundindo-se com osso esclerótico ao redor. O prognóstico é bom podendo haver cura com a evolução natural ou com cirurgia nos casos mais sintomáticos.
Os métodos de tratamento são a ressecção ampla e completa do nicho com pequena área de esclerose ao redor (não sendo necessário ressecar toda a área de esclerose), curetagem ou abordagem do nicho com trefinas ou fresas; e mais recentemente frisagem percutânea guiada por tomografia ou radioscopia.
Conteúdo extraído do material de estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP
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