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TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES

É um tumor benigno agressivo, caracterizado por um tecido muito vascularizado, constituído por estroma de células fusiformes ou ovoides e pela presença de numerosas células gigantes do tipo osteoblasto, uniformemente distribuídas por todo tecido neoplásico.

A faixa etária do acometimento localiza-se entre os 20 e 40 anos, geralmente em pacientes com placa de crescimento fechadas. Localiza-se principalmente nas epífises dos ossos longos, sendo principalmente encontrado na epífise distal do fêmur, proximal da tíbia e distal do rádio (50% dos casos ao redor do joelho).

A queixa principal é dor e aumento de volume. Pode haver derrame articular e sinovite. A fratura patológica pode ser o primeiro achado e quando o tumor localiza-se no esqueleto axial frequentemente os distúrbios neurológicos são a primeira manifestação.

Radiograficamente são lesões excêntricas, líticas agressivas que destroem a epífise, podendo apresentar tarbeculações ou pseudotrabeculações internas. Com a evolução o tumor insufla o osso cortical epifisário, invade a região metafisária e provoca fratura da extremidade óssea. Não há geralmente formação de halos de esclerose e reação periosteal. Pode crescer até envolver todo o diâmetro do osso e invadir tecidos moles.

A CT evidencia as margens da lesão e pode demonstrar níveis líquidos em alguns casos. Na RNM o tumor apresenta baixo sinal ou intermediário em T1 e sinal elevado em T2.

Os principais diagnósticos diferenciais são o cisto ósseo aneurismático, O histiocitoma fibroso benigno, tumor marrom do hiperparatireoidismo, cisto ósseo justarticular e o condrossarcoma.

O objetivo do tratamento é remover todo o tumor e preservar ou restaurar a função da articulação adjacente. As opções são curetagem, ressecção/curetagem ampliada, Ressecção ampla, amputação (múltiplas recorrências ou degeneração maligna) radioterapia, embolização. Apresentam alta taxa de recidiva local quando tratados com curetagem simples.

Existe chance de apresentar metástase de cerca de 2 a 3 % sendo o principal sítio o pulmão. Ocorrem principalmente após recidivas locais e invasão de partes moles, sendo assim a qualidade da cirurgia extremamente importante no prognóstico.

Conteúdo extraído do material de estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP

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